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OLHOS FECHADOS




















Teus olhos são mangas rosas
Jaboticabas de amoras
Borboletas escuras nuas
Bailadores das luas
Âncoras de tantas ancas

Teus olhos têm Chaplin, Baudelaire e Macunaíma
Numa só rima

Teus olhos são aquela chuva que varreu minha alma para viela

Hoje acordei à deriva
De óculos
Cega num corpo deserto
Sábado perdido entre uma sexta qualquer e outro domingo


Disseste ser tudo obra da cachaça
Danada feito a rima besta de acalanto
Pois cotonete não estaca o sangue do rombo que me deste
O mérito é da valsinha dos grilinhos do vizinho, sempre a me tirar para dançar

E a propósito que direito tens de me querer no poço sem fundo da tua embriagues, agora?
Se continuas a me olhar assim, corres o risco de te ver perdido em mim
Entre as reticências, nossas pupilas ainda fazem amores
Diante da lassidão dos corpos emudecidos

Carol Montone é jornalista e atriz e colunista do Miolo-de-Pote aos sábados.
*imagem do site www.olhares.com.br

Queridos
Ando sem tempo e competência para rechear este miolo de novos caminhos para pensar...daí somente a pretensa prosa poética pode me salvar desses dias de alma na mão e cabeça mole.....
Mas afinal.....
"Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume....
.....risca teu nome e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira"....
Willian Shakespeare

Beijos e obrigada pelas visitas e sorpos de amor...Carol Montone

Gostei da imagem de *uma pessoa cega num corpo deserto*, bem poético isso ;O)

Espero que você esteja bem, maninha!

beijos e saudades

MM

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